terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Por: Arthurius Maximus ((GOVERNO DILMA: UM ANO DE MENTIRAS E MUITA LAMA.))





Pois é. O ano praticamente já acabou. Mas, o que não parece ter acabado mesmo é o potencial do governo Dilma (e da corja petista) de produzir escândalos, vomitar mentiras e chafurdar na lama e no lodaçal pútrido onde se meteram.
Mesmo diante de uma inexplicável aprovação recorde de Dilma (72%) – afinal de contas, na mesma pesquisa, o governo foi reprovado em saúde (67%), educação (51%), segurança (60%), tributos (66%), juros (56%) e no combate à inflação (52%) – fica claro que Lula tinha razão ao dizer que o brasileiro pensa com o estômago e se vende para quem lhe dê uma cesta básica, um tíquete de leite ou um vale gás (um dos mais famosos vídeos em que ele critica os programas de transferência de renda da época de FHC).
Um olhar minimamente crítico, mesmo dado pelo mais fanático militante, não pode disfarçar bem no íntimo do coração que o governo Dilma foi uma enorme tragédia. Ineficiência a toda prova, escândalos “a dar com o pau”, mentiras cuspidas aos quatro ventos e desmentidas quase que logo em seguida e uma paralisia institucional nunca antes vista “nessepaís”.
Sejam lá quais tenham sido os planos de Lula, a grande verdade é que o mito da "gerentona" caiu por terra antes do término dos cem dias de governo. Assolada por seus próprios partidários e colocada contra a parede pela base aliada; Dilma teve que se render aos crápulas e ficar caladinha enquanto os escroques e larápios que a circundavam roíam o Tesouro Nacional a seu bel prazer.
Mesmo que tenha esboçado uma tímida tentativa de limpar a área, Dilma foi solenemente desautorizada pelo triunvirato que preside de fato a país (Lula, Sarney e José Dirceu) e assistiu passivamente ao festival de improbidades praticadas por seus ministros sem que tenha tido peito para demitir um único sequer. A todos se viu obrigada a dar a prerrogativa de demitir-se para “não manchar” suas reputações. Mesmo assim, as substituições nos ministérios ao invés de sanar o problema da corrupção apenas trocaram "o seis" pelo "meia dúzia", uma vez que cada ministério “pertence” a um determinado partido e é ele o responsável pela escolha do sucessor; não a presidente.
 

 
A coisa anda tão ruim que até uma investigação da Polícia Civil do RJ (corregedoria) conseguiu, através de ligações telefônicas interceptadas com autorização judicial, provar que o jogo do bicho carioca tem um braço no Palácio do Planalto e, juntamente com o atual Ministro da Justiça (José Eduardo Cardoso), participou da escolha do Diretor Geral da PF que era “no esquema”, segundo o advogado que era o contato entre a ex-ministra Erenice Guerra e os bicheiros cariocas.
Como se não bastasse, a própria Caixa Econômica Federal foi usada para garantir ao empresário Silvio Santos a chance de se livrar de dívidas enormes e impagáveis, que o levariam à falência, e tudo isso apenas com a utilização de sua rede televisiva para criar o episódio da “bolinha de papel”. Fato desmentido imediatamente por várias emissoras de TV e pelo próprio SBT dias depois. No entanto a desmoralização pública do candidato da oposição (não que ele precisasse de ajuda para isso) já tinha sido feita e o estrago era irremediável. Mesmo diante das negações da cúpula petista e do governo Dilma, pouco depois o próprio Ministério Público revelou que a CEF realmente abraçara uma enorme dívida e arcara com um prejuízo fenomenal para que Silvio Santos “limpasse seu nome na praça” e permanecesse um homem rico.
Agora, novo escândalo envolvendo a CEF liga o PR, o ex-governado Garotinho e pessoas ligadas à administração da CEF – indicadas por Dilma – na compra fraudulenta de títulos podres da dívida pública que gerarão um prejuízo superior a um bilhão de reais aos cofres da CEF (o que equivale ao Tesou Nacional e a nossos bolsos).
Outra mentira foi o apoio de Dilma aos atingidos pelas enchestes de Janeiro passado. Depois de sobrevoar as áreas atingidas e, entre lágrimas, dizer que “faria tudo” pelos afetados seu ministro de Ciência e Tecnologia anuncia que o governo não fez absolutamente nada para preparar-se para o verão. Os atingidos pelas catástrofes de Janeiro continuam desamparados e a inauguração do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), apesar de ter sido um show de mídia e publicidade, é uma farsa. Pois, o próprio Mercadante afirmou que o centro monitora apenas 56 cidades (quando são mais de 250 as cidades com risco elevado de desastre).
É triste perceber como o brasileiro ainda se preocupa apenas se dá para pagar a prestação do carro novo, da “TV de Prasma” e se o Bolsa família continua “caindo na conta”. Mesmo que para isso a ética tenha que submergir na lama e o país ser repartido entre Ali Babá e seus milhares de ladrões.



Posted by Arthurius Maximus on dezembro 19th, 2011  C/ Adapt.
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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Está rindo de quê?


Está rindo de quê?

Está rindo de quê? Conte-me pra eu rir também!

 

                 Pra onde foi a graça das piadas? Onde está o humor dos humoristas (inclusive o meu, não que me considere um humorista, mas ao menos alguns bêbados riem de minha cara)? Somos obrigados a engolir essas piadas que são empurradas pelos próprios humoristas goela abaixo! É como uma propaganda de cigarros. Conseguem nos convencer de que aquele tubinho fedorento, que amarela os dentes e ainda nos presenteia com um câncer, geralmente no pulmão, mas você pode escolher entre o de garganta também!
No caso do humor, rimos de circunstâncias que não têm nada de engraçado. Quando devíamos, de fato, rir da própria cara ou falta de graça. No blog de Zeca Camargo (que, aliás, me inspirou) ele cita a infame campanha do Pânico na TV. Estão propondo ao Zeca que recupere os pesos perdidos em um dos quadros do programa que apresenta. Cadê a graça? Este por sua vez sugere que deem essa comida a quem realmente precisa.


       Qual deveria ser a proposta de um programa de humor? Não sei onde me perdi, mas em minha época a proposta era rir! Fiquei velho demais para as piadas da atualidade? Estaremos perdidos em um filme dos Irmãos Coen?
O mesmo Zeca ainda pergunta: qual programa atual é engraçado pra você? Como responder, se o que se vê nos programas que se propõe ao humor é o alto apelo à sensualidade? Eis que eu pergunto: está rindo de quê? Onde está a graça desses corpos customizados e inertes como em vitrines? Será algum bisturi perdido? Será que não entendi a piada?
Conhecem a frase de um cidadão chamado Orson Welles que diz haver pessoas que são educadas a não falar com a boca cheia, mas não se preocupam em fazê-lo de cabeça vazia? É quase isso que ocorre nos programas de humor. Os manequins não se preocupam em aparecer na TV ou em qualquer lugar que frequentem com pouca roupa, pois possuem pouco ou quase nada na cabeça também. Alguns comediantes são como o Clint Eastwood, fazem a piada, fazem o programa, a contam, riem sozinhos e ainda a divulgam como engraçada.
Sinceramente, o que me faz rir hoje em dia é o Sílvio Santos praticando bullying com sua própria filha. O melhor da TV hoje é o Chaves em reprise (parodiando o Planet Hemp, antes que me chamem de plagiador)! Ou os poucos desenhos antigos, essas coisas me fazem rir. Sim! Eu assisto desenhos!
Tudo começou com Laurel, Hardy e Chaplin que não são Os Três Patetas. Na década de setenta tínhamos o lendário Monty Python e El Chavo Del Ocho. No Brasil tivemos a Família Trapo (do maior humorista do país – Bronco) e o impagável Mazzaropi. Na década de noventa éramos representados pelos Cassetas, pela TV Pirata e pela única e inigualável Escolinha do Professor Raimundo. Nas manhãs de domingo tínhamos – e temos até hoje na série de maior duração da história – o humor escrachado de Matt Groening. CQC é o “menos pior” da atualidade. Em Pânico (na TV) fico eu, Zorra (concordo) e a Praça que já foi, mas hoje não é a nossa onda, temos alguns exemplos do que é visto como engraçado, eu só não consigo entender a piada!
Enfim, pra rir de verdade basta sintonizar algum telejornal que esteja falando de nossos representantes políticos, os sensacionalistas também valem. Feito isso basta sentar-se e rir da sua própria falta de graça. A televisão me deixou burro, muito burro demais!
Imagem: Luciano Pires : Nois qui invertemos as coisa
Muito burro demais!